Pular para o conteúdo principal

O que fazer quando não se sabe o que fazer?



Vivi esses dias tal dilema. Não sabia que direção tomar diante das circunstâncias, fatos e emoções que estava vivenciando. Creio que as emoções foram as minhas maiores inimigas nessa situação, sentir-me incapaz, inapta, sentir que meus esforços eram em vão, que por mais que eu me esforce  não há resultados positivos, isso sim me atrapalhou na tomada das decisões que eu deveria tomar.



Parei foi o mais sensato eu pensei...
Desistir que algumas coisas por não me sentir capaz, parece até ironia a Mãe Indesistível desistir. Mas ninguém é perfeito, não é verdade? E em minhas palestras tenho dado destaque a humanidade da mulher que se tornou mãe atípica, sendo assim não posso agir ou reagir como se eu fosse a indesistível o tempo todo, tenho que vestir me roupas de ser humano normal e parar, parar de tentar, afinal as tentativas frustadas machucam, a Bíblia fala em provérbios que a esperança adiada adoece o coração. E é assim que me sinto, com o coração adoecido de tanto esperar, tentar e fracassar.

Sei que toda decisão tem suas perdas, mas mesmo assim eu preciso seguir em frente e descobrir o que de fato eu sou para mim e para aqueles que estão ao meu lado. Será que permanecerão ao meu lado quando eu não tiver  mais nada a  oferecer? O tempo me responderá...

Tenho orado e buscado em Deus auxílio. Que Ele me ajude a ser alguém melhor, não só para aqueles que eu amo, mas para mim também. Que eu aprenda a me respeitar, respeitar meus limites, que eu desenvolva o amor próprio e me torne uma mulher digna de ser amada por mim mesma e por aqueles que fazem parte da minha vida.

O que fazer quando não sabemos o que fazer? Na minha experiência eu parei, pensei, desistir, refiz propósitos, no caminho vou cultivando, cuidando de tudo para que enfim a vida seja melhor, para que o meu jardim seja mais florido e perfumado.

Que Deus nos ajude a trilhar caminhos em meio a escuridão. Que Ele seja a nossa luz...

Imoni Marinho 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A invisibilidade da Mãe Atípica

No momento em que uma mulher se torna mãe atípica ela perde a sua identidade . Ela passa a ser vista como “Mãezinha Especial”, “Escolhida por Deus”, “Guerreira”, “Mãezinha Azul”, incansável, predestinada a uma vida de sofrimento e dor. O seu lado pessoa, que tem desejos, sonhos, aspirações, qualidades e defeitos como qualquer um, é esquecido e ela passa a ser vista como “nós”: a mãe e o filho deficiente. Essa mãe passa a viver uma rotina incansável de terapias, consultas, exames e cuidados com as AVD’s (Atividades de Vida Diária) do seu filho, sendo suas mãos, seus pés, sua voz, sua visão, seus ouvidos. Ela não tem direito a férias e muito menos a cometer erros, resultando em doenças físicas como gastrite, disfunções intestinais, problemas cardíacos entres outros, como também doenças psicológicas, síndrome do pânico, TOC, Síndrome do Pensamento Acelerado, Baixa Autoestima, Depressão que em muitos casos resultam em suicídio. Somos invisíveis para os poderes públicos. Não...

Eu e a maternidade atípica

Eu sou Imoni Marinho, mãe da Juliana, uma linda menina de 11 anos, também conhecida com MÃE INDESISTÍVEL , esse nome veio de um blog que eu fiz quando descobrir que eu era mãe atípica. O nome surgiu da ministração da música da Pastora Ludmila Ferber – Nunca Pare de Lutar. Por ouvir os diversos prognósticos da minha filha e a frase “nunca descobrirão o que ela tem”! Eu decidir ser indesistível! Eu tinha UMA VIDA COMUM , desde moça sonhava com a maternidade, ainda solteira já havia escolhido o nome da minha filha – Júlia, já havia planejado sua vida, nossa vida! Aos 28 anos enfim engravidei, depois de dois anos de casada, o meu sonho enfim estava se realizando e para melhorar eu estava grávida de uma menina. A alegria transbordava em meu ser. Porém, com 34 semanas eu tive pré-eclâmpsia e uma cesária teve que ser feita. Juliana nasceu com 1.350g e 41 cm e desde então NADA MAIS FOI IGUAL ao que era antes. Fui apresentada a um mundo totalmente desconhecido, o mundo ...

Quem cuida da Mãe?

Quando uma mulher se torna mãe , seus afazeres são triplicados. Cuidados com a casa, o trabalho secular e mais os cuidados com a criança, tudo isso exige da mulher uma jornada de trabalho inumana. Quando a maternidade é típica o tempo coopera para que essa mulher volte a ter uma jornada de trabalho mais humano, porém quando essa maternidade é atípica isso na maioria dos casos não acontece. A mãe continua com os mesmos afazeres, anos, após anos, e em casos mais graves eles aumentam.  É cultural o cuidado do filho ser responsabilidade da mulher, é ela quem deve abdicar de sua vida para zelar pela vida que concebeu. Nós mulheres carregamos essa missão em nossas entranhas, faz parte de nós. Por isso a maioria das mães acabam deixando o trabalho secular e se dedicando 100% ao filho, porém, essa mãe não deixa de ter necessidades, ela continua a necessitar de cuidados com a saúde, tanto física como psicológica, ela continua sendo mulher e necessita vestir-se, calçar-se, cui...