
Encefalopatia - quais os sintomas? O que devemos saber?
O que é encefalopatia?
Encefalopatia significa doença, dano ou mal funcionamento do cérebro (encéfalo) e pode apresentar um amplo espectro de sintomas, desde leves, tais como perda de memória ou mudanças sutis de personalidade, a graves, como demência, convulsões, coma ou morte. Em geral, ela se manifesta por um estado mental alterado e é por vezes acompanhada de manifestações físicas como, por exemplo, má coordenação de movimentos dos membros.
De um modo geral, o termo encefalopatia é seguido por outros, que descrevem a razão, causa ou condições particulares que conduzem a um mau funcionamento do cérebro. Por exemplo, encefalopatia hepática e encefalopatia anóxica, significando respectivamente mau funcionamento do fígado e deficiência de oxigênio.
Adicionalmente, alguns outros termos descrevem síndromes que levam a um conjunto específico de anomalias cerebrais, como a encefalopatia de Wernicke ou síndrome de Wernicke. Na verdade, na literatura médica há mais de 150 termos diferentes que podem ser acrescentados a “encefalopatia”.
Quais são as causas da encefalopatia?
As causas da encefalopatia são múltiplas e incluem infecções, anóxia, problemas metabólicos, toxinas, medicamentos, alterações fisiológicas, traumas, dentre outras. Muitas vezes, ela é considerada uma complicação de um problema principal, como cirrose alcoólica, insuficiência renal ou anóxia, por exemplo.
Qual é o mecanismo fisiológico da encefalopatia?
O cérebro de um adulto normal em vigília consome 20 a 25% do oxigênio e cerca de 20% da glicose necessários ao organismo total. Ademais, o consumo de oxigênio não é uniforme em todo o córtex cerebral: as zonas motoras e sensitivas consomem mais que o córtex visual, temporal e frontal. Se ocorre anóxia por qualquer motivo, aparecem focos difusos de necrose em várias partes do cérebro, responsáveis pelos sintomas, sobretudo próximas aos grandes vasos sanguíneos cerebrais.
Duas das formas clínicas mais comuns de encefalopatia, como exemplo:
A encefalopatia hepática, ou coma hepático, é resultante do acúmulo no sangue de substâncias tóxicas que o fígadolesionado deixa de eliminar, como a amônia, por exemplo. As causas exatas da encefalopatia hepática nem sempre são conhecidas. Sabe-se, no entanto, que a encefalopatia hepática é causada por distúrbios que reduzem a função hepática(como cirrose ou hepatite, por exemplo) e doenças nas quais a circulação sanguínea não penetra no fígado.
Várias outras substâncias podem se acumular no corpo se o fígado não funcionar bem. A presença dessas substâncias no sangue pode causar sérios danos ao sistema nervoso. A encefalopatia hepática é muito comum em pessoas diagnosticadas com doença hepática crônica, mas também pode ocorrer repentinamente em pessoas que nunca apresentaram problemas no fígado.
Pode ser desencadeada por desidratação, ingestão de proteínas em excesso, anormalidades dos eletrólitos, sangramentos do intestino, estômago ou esôfago, infecções, problemas renais, níveis baixos de oxigênio no corpo, cirurgia ou uso de medicamentos que inibem o sistema nervoso central.
A encefalopatia hepática pode ocorrer como um distúrbio agudo e reversível ou como um distúrbio crônico e progressivo associado à doença hepática crônica.
Como indica o próprio nome, a encefalopatia hipóxica é causada pela insuficiência de oxigênio no cérebro. Uma pessoa corre o risco de ter esse quadro clínico quando está se afogando, engasgando, sufocando, com parada cardíaca ou qualquer outra condição em que falte oxigênio para o cérebro, como, por exemplo, lesão cerebral e envenenamento por monóxido de carbono.
Os sintomas de uma hipóxia mais leve incluem perda temporária de memória, capacidade reduzida de movimentos, dificuldade de atenção e de tomar decisões. Se a hipóxia for mais severa, podem acontecer convulsões, coma, parada respiratória e morte cerebral. O tratamento da encefalopatia hipóxica depende da sua causa e da severidade do quadro clínico, mas sempre requer tratamento imediato, de modo a restaurar o fluxo do oxigênio para o cérebro o mais rapidamente possível.
Outras formas de encefalopatia são a encefalopatia metabólica, encefalopatia urêmica, encefalopatia de Hashimoto, encefalopatia de Wernicke, encefalopatia espongiforme bovina (doença da vaca louca), encefalopatia por Shigella e encefalopatia por causas infecciosas.
Como o médico diagnostica a encefalopatia?
O diagnóstico de encefalopatia é eminentemente clínico, baseado nos sintomas e na história médica do paciente, mas o diagnóstico das suas causas exige exames especializados, conforme a suspeita diagnóstica.
Como o médico trata a encefalopatia?
O tratamento precoce das possíveis causas de encefalopatia pode eliminar, reduzir ou interromper os sintomas da encefalopatia em causa.
Quais são as complicações possíveis da encefalopatia?
As complicações variam de nenhuma a grave, muitas vezes levando à morte. A própria encefalopatia muitas vezes já é uma complicação de algum outro problema de saúde ou diagnóstico primário. Sendo assim, as complicações dependem da causa primária de encefalopatia.
ABCMED, 2017. Encefalopatia - quais os sintomas? O que devemos saber?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1303718/encefalopatia-quais-os-sintomas-o-que-devemos-saber.htm>. Acesso em: 15 abr. 2018.

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